Conhece-te a ti Mesmo



Um guerreiro samurai, conta uma velha história japonesa,
certa vez desafiou um mestre Zen a explicar o conceito de céu e inferno.
Mas o monge respondeu-lhe com desprezo:
 - Não passas de um rústico... não vou desperdiçar meu tempo com gente da tua laia!
Atacado na própria honra, o samurai teve um acesso de fúria e, sacando da bainha a espada, berrou:
 - Eu poderia matar-te por tua impertinência.
 - Isso respondeu calmamente o monge, é o inferno.
Espantado por ver a verdade no que o mestre dizia da cólera que o dominara, o samurai acalmou-se,
embainhou a espada e fez uma mesura, agradecendo ao monge a intuição.
 - E isso - disse o monge - é o céu.

O súbito despertar do samurai para seu estado de agitação ilustra a
crucial diferença entre alguém se ver presa de um sentimento e tomar consciência
de que está sendo arrebatado por ele.
A recomendação de Sócrates - "Conhece-te a ti mesmo"
 - dirige-se a essa pedra de toque de inteligência emocional:
a consciência de nossos sentimentos quando eles ocorrem.
À primeira vista, pareceria que nossos sentimentos são óbvios;
uma reflexão mais demorada nos lembra as vezes em que fomos demasiado indiferentes
ao  que de fato sentimos sobre uma coisa, ou despertamos para esses sentimentos tarde demais.

É a diferença entre, por exemplo, sentir uma fúria assassina contra alguém e ter o pensamento auto-reflexivo:
"O que estou sentindo é raiva", mesmo quando se está furioso.
Constata-se que, para a maioria, sentimentos extremamente intensos são relativamente raros;
a maioria de nós fica na cinzenta média, com suaves lombadas em nossa montanha-russa emocional.

Ainda assim, controlar nossas emoções é meio semelhante a uma atividade de tempo integral:
muito do que fazemos sobretudo nos momentos livres é uma tentativa de controlar o estado de espírito.
Como vimos, o plano do cérebro significa que muitas vezes temos pouco ou nenhum controle
sobre quando somos arrebatados pela emoção e sobre qual emoção será. Mas podemos ter alguma
voz sobre o quanto durará uma emoção. Em suma, a vigilância delas ajuda-nos a administrar nossas emoções.
texto do livro; Inteligência Emocional ,  Daniel Golemam

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1 Comentário:

VCaparroz disse...

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